Valorização e Reajuste Salarial dos servidores públicos é pauta da MENP
II Mesa de Negociação Permanente causa rejeição dos servidores públicos com proposta apresentada pelo governo de 5,35% para reajuste salarial
Publicado: 24 Fevereiro, 2024 - 01h40 | Última modificação: 24 Fevereiro, 2024 - 02h39
Escrito por: Socorro Silva-CUT

Ao apresentar proposta de reajuste salarial de 5,35% para o funcionalismo público, para entrar em vigor a partir do mês de maio, o governo ocasionou a rejeição por unanimidade pelas entidades sindicais presentes (100%).
Durante reunião da II Mesa de Negociação Permanente (MENP), realizada nesta quinta (22), as discussões em volto ao reajuste salarial dos servidores públicos aconteceram sem obter êxito. A proposta apresentada pelo Governo do estado do Piauí, foi de 5,35%, enquanto a reivindicação dos/as trabalhadores/as é de 22% para todas as categorias com 11% retroativo a janeiro/2024.
O Projeto de Lei será apresentado a Assembleia Legislativa, porem os servidores querem manter o diálogo até que se tenha um acordo que seja favorável as categorias, tendo em vista que durante a instalação da mesa de negociação, essa foi a proposta apresentada pelos servidores públicos (22%).
Para Paulo Bezerra, Secretário de Assuntos Jurídicos da CUT-PI, que esteve na II Mesa de Negociação (MENP), é importante que se mantenha o diálogo até que se possa alcançar um percentual justo e a valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras. A melhoria nas condições de trabalho, um salário digno, e a valorização profissional, precisam estar alinhadas para dar certo.
“Encaminhamos ao governo, uma solicitação de que ele apresente uma nova proposta com melhoramento, e apresentamos várias propostas, como por exemplo 5% em maio, aceitar 5,3% em janeiro, e 5,35% em setembro, isso nesse ano, e com esse mesmo percentual para o próximo ano. Essa foi uma contra proposta que nós apresentamos, e também a proposta que é consenso entre todas as entidades sindicais, é a de 22% linear”. Disse.
“Nós não sabemos o que virá, então de certo é que a proposta apresentada pelo governo foi rejeitada de 5,35%, a mesa devolveu para o governo, e que ele possa apresentar uma proposta melhor. É isso que nós da CUT esperamos”. Paulo Bezerra.
“A mesa é um espaço produtivo, e que deve continuar ouvindo os sindicatos, e que a proposta do governo que haja sempre um debate com as fundamentações que o governo possa permanecer dialogando com as entidades sindicais, e as suas reivindicações, onde nós possamos estar nesse debate porque é importante”. Paulina Almeida, Presidenta do SINTE-PI.
“O Percentual de 5,35%, não atende as expectativas dos trabalhadores e das trabalhadoras, portanto a nossa sugestão é que o governo continue a pensar num percentual maior, porque o percentual colocado pelos sindicatos foi de 22%, pago em duas parcelas, uma em janeiro e a outra a partir de maio, entendendo que esses 22% ainda não dá conta dos nossos prejuízos ao longo dos anos passados, mas seria uma luz no fim do túnel”. Enfatizou, Paulina.
Segundo Paulina, a proposta do governo de 5,35%, e ainda para maio, é uma proposta que não atende de forma nenhuma a reivindicação das categorias. E que essa luta continua também buscando que a gente possa debater nessa mesa, ou de forma individual com cada sindicato, a questão da reestruturação dos planos de carreira, a formatação de um concurso público para cada categoria, que está necessitando.
“Nós da educação estamos necessitando há muito tempo de concurso público, então é importante o espaço, mas precisa funcionar de verdade. Nós entendemos que o governo deverá agendar uma próxima reunião com os sindicatos, pra poder trazer um percentual que pelo menos seja 22%, ou perto. E que possa fazer esse pagamento retroativo a janeiro. Nós acreditamos que não é possível o governador levar essa proposta esse final de mês para a Assembleia Legislativa sem falar com as categorias”. Frisou.
“Nós estamos apostando é que o governo dialogará novamente com as categorias, para que a gente possa chegar a um denominador comum”. Paulina Almeida, Presidenta do SINTE.
Segundo Paulina, os dados apresentados pelo SINAFISCO, comprovam de que o governo tem condições de pagar os 22%, para todos os trabalhadores e trabalhadoras, de todo o estado do Piauí: Ativos, aposentados, e os funcionários administrativos das categorias. E que isso não vai engessar o estado do Piauí.