Escrito por: Socorro Silva-CUT-PI

Trabalhadores da saúde deflagaram greve por tempo indeterminado nesta quinta(25).

Diante da pandemia governo do estado não respeita a categoria, que já sofre com ataque aos seus direitos.

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Saúde em greve no estado do Piauí

Trabalhadores de diversas categorias da saúde pública do Piauí (exceto médicos) decidiram em Assembleia Geral, na sexta-feira (19), decretar Greve Geral por tempo indeterminado nos hospitais do Estado, iniciando a partir das 07h30 desta quinta(25). A assembleia realizada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (SINDESPI), juntamente com o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Piauí (SENATEPI), teve também participação do Sinfito, Sinttearpi, Crefito e Coren-PI, representando fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e radiologistas que apoiam o movimento grevista.

Geane Sousa, presidente do Sindespi, explica que as categorias seguirão os trâmites legais com notificações e ofícios para que os hospitais façam escalas com apenas 30% dos trabalhadores.

" Com relação ao movimento grevista, manteremos o chamamento a todos os trabalhadores e trabalhadoras para que lutem por seus direitos, já tivemos reuniões com representantes do governo, mas é só muita conversa, sem nenhuma solução e nem traz resultados,  essa problemática não é de agora, lamentamos que em plena pandemia tenha que se deflagrar uma greve, mas nossos servidores e servidoras não aguentam mais, e por isso eles e elas pediram essa greve, nesse momento todos estão estressados, a maioria dos nossos servidores merecem respeito e não estão tendo, além de arriscarem suas vidas para salvar vidas, não dá mais para esperar, além de na atual conjuntura onde o transporte de Teresina está em mais de 30 dias de greve, o que acaba fazendo com que os nossos servidores tenham que pagar para trabalhar, e o governo não fez nada, então não abrimos mão dos direitos dos trabalhadores da saúde, e a greve está deflagrada por tempo indeterminado". Disse.

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Os trabalhadores reclamam, principalmente, do não pagamento de insalubridade de 40% e baixa qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual fornecidos a eles, o que tem facilitado a contaminação dos servidores durante a pandemia de Covid-19. Mais de mil profissionais de saúde já testaram positivo para a doença no Piauí, segundo o Conselho Estadual de Saúde.

Além disso, denúncias de assédio são registradas a todo o momento pelas categorias aos sindicatos. Na assembleia os servidores decidiram que não dava mais para adiar um movimento grevista.