Escrito por: Socorro Silva/Ascom/CUT-PI
Resultado da Privatização requer uma ampla resistência em defesa da classe trabalhadora
A Central Única dos Trabalhadores no Estado do Piauí-CUT-PI, somando a luta do sindicato dos Urbanitários, esteve presente em manifestação que denuncia o aumento no valor da tarifa de energia, assim como da taxa de iluminação pública, contra as demissões, a falta de respeito com os usuários e com os trabalhadores da empresa equatorial de Teresina. Realizado nesta terça-feira dia 14, na rua João Cabral, lado em que dá acesso a empresa pelos trabalhadores e trabalhadoras.
O ato teve como objetivo, alertar a sociedade e mostrar aos órgãos competentes o tamanho da insatisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados e aos valores considerados abusivos cobrados.
Paulo Bezerra - Presidente da CUT-PI " Não podemos de forma alguma aceitar esses absurdos que esta empresa vem praticando, contra os trabalhadores e a sociedade, é muito importante que possamos nos unir contra esses desmandos do atual governo que só tem interesses voltados ao capital, com essas privatizações que só trazem aborrecimentos a cada dia, da Equatorial estamos acompanhando as inúmeras denúncias, desde ameaças aos usuários, e a exploração de mão de obra dos seus trabalhadores, além de demissões para que em seguida contratem terceirizados, o que além de não oferecer um trabalho de qualidade, segue precarizando ainda mais o cenário de atendimento em uma das necessidades primordiais ao estado do Piauí, que é o fornecimento de energia elétrica, então, estaremos sempre nesse enfrentamento junto aos companheiros do sindicato dos Urbanitários, para que consigamos reverter esse quadro, e a luta continua!". Disse.
Francisco Marques - Presidente do Sindicato dos Urbanitários " A equatorial com seus serviços deixa muito a desejar, e vem demitindo cada vez mais trabalhadores, sendo a terceira empresa de tarifas mais caras do Nordeste, essas são as consequencias de uma privatização que os trabalhadores sempre questionaram, e que o sindicato sempre alertou das possíveis consequencias no caso de privatização, queremos registrar que o clima dentro dessa empresa virou um terror, uma verdadeira onda de perversidade inunda as empresas Cepisa e Ceal, ambas adquiridas pela Equatorial Energia. Com um clima diário de muita imposição imposto pela empresa, a categoria está cada vez mais apreensiva, e nós vamos continuar denunciando. Sabemos que a péssima qualidade na distribuição de energias, também afeta o setor de abastecimento de água, o que vem prejudicando o agronegócio, as residências, e muitos setores que dependem desses fornecimentos para manter a sobrevivência, não vamos parar de denunciar, seguiremos firmes contra os desmandos dessa empresa". Disse.
Hoje, atualmente os trabalhadores da Equatorial, que eram concursados da antiga CEPISA, portanto profissionais capacitados, estão sendo substituídos por mão de obra terceirizada, precarizando os serviços prestados à população piauiense. Exemplo disso foi citado durante o ato, fato que ocorreu nas festas de final de ano, com apagões de até 12 horas que causaram grandes prejuízos a todos.
O Sindicato dos Urbanitários sempre fez uma grande luta para que a Cepisa não fosse privatizada, lembrando que a luta não era apenas por emprego e sim pela qualidade deste serviço que é essencial para a população e para o desenvolvimento do nosso Estado, e que após a Equatorial assumir a Cepisa, o atendimento está de mal a pior, e o número de reclamações só aumentam.
O ato contou com o apoio do Sindicato dos Bancários, representado pelo Presidente em Exercício Gilberto Machado, que relatou a realidade da categoria , e fortaleceu o apoio aos urbanitários na luta contra a empresa Equatorial e seus desmandos.