Fernando Horta, destaca a importância do "Novo Sindicalismo" durante palestra

Palestra com Fernando Horta, historiador formado pela UFRGS, doutor em Relações Internacionais pela UNB e pós-doutor pela Universidade de Denver, trouxe em sua programação uma avaliação do cenário atual da Eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, FakeNews, Era Digital, Neonazismo e NeoFascismo, Novo Sindicalismo, Redes Sociais. Atividade aconteceu na manhã desta terça(06), na sede do SINTTEL-PI. O evento foi organizado pela CUT-PI, em parceria com a FETAG-PI  e o SINTTEL-PI.

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Durante toda a manhã o cenário foi enriquecedor, com temas  que foram acalourados por dirigentes sindicais, e convidados. 

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Na ocasião, o Professor Dr. da Universidades de Brasília (UNB), Fernando Horta, dialogou sobre a conjuntura política e a vitória do presidente Lula.

Sobre o Neonazismo e NeoFacismo

"A gente pensava que essas eram questões apenas europeias, e falava que isso não era coisa de brasileiro não, na realidade a gente tem que entender é que toda vez que os trabalhadores e a classe trabalhadora, e as populações mais pobres descobrem que a Democracia é uma forma de transformar a vida das pessoas, e que a gente se organizando, pensando em eleger pessoas comprometidas com a transformação social ela acontece, sempre quando acontece isso o pessoal para quem a vida ta boa, e as coisas estão ok, que não querem mudanças, começam a se apavorar, então o recurso último que eles tem, quando as coisas todas começam a ficar complicadas para eles, quando os trabalhadores, os mais pobres, as mulheres, a população negra começam conseguir reivindicar seus espaços, seus direitos, e começa a diminuir a distância para aquela população rica, branca, homem, heterosexual, quando isso começa a acontecer, eles ficam preocupados, e a última arma que eles tem é essa idéia da destruição da Democracia, o que historicamente chamam de Facismo e Nazismo, o que vem com alguns requintes de crueldade, e outras coisas, mas em essência é isso. É uma forma de barrar a mudança e de não permitir que ela  aconteça, de criminalizar a política, e de se estabelecer o controle sobre as pessoas para que as coisas não se modifiquem ". Frisou.

Socorro Silva-CUT-PI

Sobre a Eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

"A eleição do Presidente Lula, foi um feito único, falo como historiador, e digo que nunca houve no mundo, um episódio que o nazismo e o facismo depois de estarem no poder, tenham sido derrotados por forma democratica, normalmente é necessário muita violência para tirar eles do poder. O Brasil nesse momento apresenta uma novidade historica, nós conseguimos vencer a estrutura facista na base do voto. A eleição foi secenta milhões de votos contra 58, mas a gente não tem a dimensão da força que o nosso lado teve, porque a eleição foi totalmente desonesta, nós lutamos contra a máquina do estado, lutamos contra todo crime eleitoral que foi cometido, e ainda assim nós vencemos, nós fizemos história em 2022". Destacou.

"Mas, não vai ser fácil, não está sendo fácil, o processo ainda não terminou, nós ganhamos uma eleição, foi uma batalha muito importante, mas isso não tá terminado, só vai estar terminado quando nós recuperarmos os consensos na sociedade brasileira, quando a gente voltar a entender que mulher tem o direito de fazer o que ela bem quiser, quando a gente voltar a entender que os corpos negros são bem vindos em todos os lugares do Brasil, quando a gente voltar a entender que governo serve para melhorar a vida das pessoas e não simplesmente para deixar simplesmente gente rica mais rica, quando a gente voltar a compreender o consenso de que fome não se deve passar mais no Brasil, e desemprego não é uma característica de gente que não quer trabalhar, mas uma condição a qual nós temos que nos levantar, aí a gente vai ter caminhado em direção a superação que foi o governo Bolsonaro. Mais é um caminho grande, um espaço grande, a gente não pode achar que a luta terminou, a luta está só começando. Mas o bom é que agora a gente tem um Presidente que ouve, e que parou de xingar as pessoas, que ofende, hoje não levantamos todos os dias pensando qual é o direito que nós estamos perdendo naquele dia, porque era cansativo". Concluiu.

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI

Para a organização da atividade, foi uma manhã enriquecedora de muito conhecimento compartilhado entre os dirigentes sindicais e convidados, considerado positivo o encontro, que contou com a participação fervorosa dos participantes, que lançaram várias perguntas e obtiveram seus esclarecimentos correspondentes a altura do momento.