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CUT, Sinte e Sindesp participam de audiência no IASPI para discutir reajuste

Votação do reajuste do Plano de Saúde IASPI/PLAMTA acontecerá no próximo dia 03 de abril

Publicado: 29 Março, 2023 - 21h20 | Última modificação: 30 Março, 2023 - 08h21

Escrito por: Socorro Silva-CUT-PI

Socorro Silva-CUT-PI
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Reunião que discute reajustes do plano de saúde.

Após tomar conhecimento da proposta de reajuste no Plano de Saúde do estado, o SINTE-PI e outras categorias de servidores públicos realizaram na manhã desta quarta-feira (29) um Ato Unificado em frente à sede do IASPI, onde os trabalhadores se posicionaram contrário à proposta de aumento nos planos.

Socorro Silva-CUT-PISocorro Silva-CUT-PI

Em audiência na manhã desta quarta (29) entre a CUT-PI, Sinte-PI, Sindespi, Presidência do IASPI, acompanhados pela Secretaria Estadual de Relações Sociais (SERES), os representantes da classe trabalhadora se posicionaram contrários ao reajuste do plano tendo em vista que os servidores estaduais não receberam reajuste salarial.

Socorro Silva-CUT-PISocorro Silva-CUT-PI

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“Não tem condição para os servidores receberem um desconto de 30%, nem de 18%, porque os servidores não tiveram nenhum aumento em seu salário. O salário dos professores foi achatado e os aposentados ainda tem que pagar a taxação da previdência estadual. Não iremos concordar com esse reajuste do Iaspi”, disse Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI.

Socorro Silva - CUT-PISocorro Silva - CUT-PI

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A proposta de reajuste no IASPI/Plamta foi apresentada pela presidente do Instituto, Dra. Daniela Aita, que propôs 30% de aumento justificando o aumento das despesas hospitalares com insumos, medicamentos e outros. A proposta foi rejeitada ainda na mesa de reunião do Conselho do IASPI e reduzida para 18%, graças à manifestação dos conselheiros que representam os sindicatos.

A presidente do IASPI deixou claro que o reajuste do Plano de Saúde será aprovado, e que os sindicatos apresentem uma contraproposta para que seja avaliado pelo Conselho no dia 03/04, quando será votado o reajuste.

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O presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, disse que os servidores querem ter planos de saúde, mas não têm salário para pagar um aumento no plano de saúde.

Após ouvir a explanação da diretora do Iaspi, o presidente da CUT, Paulo Bezerra, agradeceu a oportunidade de negociação e os esclarecimentos prestados pela diretora do Iaspi, mas pediu mais um prazo para levar a proposta ora em pauta até os trabalhadores e trazer uma contra-proposta.

”Agradecemos a oportunidade do diálogo, mas precisamos pensar no servidor e o impacto desse reajuste em sua vida, embora reconheçamos que tudo vem aumentando, inclusive os gastos com saúde. Vamos debater e trazer um a proposta, mas sabemos que sem o plano, que eu reconheço como bom e indispensável, fica bem pior”, disse Paulo. Acrescentando que não é possível colocar em risco a manutenção do sistema de saúde.

A presidente do Sindespi, Geane Sousa, relatou que tem servidor ganhando menos de um salário mínimo e não tem condições de manter o plano de saúde.

Geane Sousa, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindesp), também fez elogios ao serviço prestado pelo Iaspi Saúde/Plamta, ressaltando que quando necessário teve um bom atendimento, reconheceu que o servidor está envelhecendo, precisando cada vez mais de saúde, mas também cobrou mais tempo para discutir a questão do reajuste, além de por em mesa alguns problemas que vê no plano, mas que foram prontamente esclarecidos pela diretora geral.

A necessidade de reajuste da contribuição do servidor é necessária e inadiável quando se pensa na manutenção do sistema de saúde. O último aumento do Plamta, no valor de 6,5%, foi dado em 2019, bem abaixo do índice recomendado pela ANS (Agência NacionaL de Saúde) que era de 7,35% naquele ano. Para o Iaspi Saúde suplementar, o último aumento foi em 2007.

“Estamos de portas abertas para receber os servidores e seus representantes pois acreditamos no entendimento, negociação e respeito para avançarmos com pautas que defendem a manutenção dos serviços de saúde e acreditamos que todos entendem a necessidade desse reajuste”, explicou a diretora do Iaspi.

NECESSIDADE - Ao falar sobre o reajuste, Daniele lembrou que o Iaspi tem em suas carteiras 194 mil segurados no Iaspi Saúde e 208 mil, no Plamta, destacando que o Instituto vem sem reajustar valores desde 2019. É o maior plano de saúde do Estado, importante não apenas para o para o servidor estadual, mas para a economia do Estado, além  de oferecer a maior rede  de atendimento hospitalar aos segurados.

“Além disso, temos uma carteira envelhecida, o que costuma demandar mais necessidade de atendimento e mais despesas, devido ao aumento de diagnóstico de doenças crônicas; temos os custos da saúde, sempre crescentes, independente de agregar novas tecnologias, mencionamos também a Covid, que foi uma despesa a mais e sem qualquer receita extra, e temos ainda as o crescente número de judicializações e as demandas constantes os prestadores por reajustes em procedimentos, insumos”, pontuou.

Ao final do encontro, a doutora Daniele Aita reafirmou a necessidade do reajuste, ratificou sua disponibilidade e abertura para a negociação e ouvir as classes em suas reivindicações e propostas, mas foi firme em defender o reajuste no menor tempo possível hábil possível sob o risco de inviabilizar o sistema.

“O plano é um patrimônio do servidor, está no mesmo patamar de planos privados em termos de qualidade de serviços e tem a maior rede credenciada, custando até 70% a menos. O servidor paga em média R$ 90,00 por mês. Se perdermos este plano, poucos terão oportunidade de migrar para um outro que, todos sabem, custa bem mais”, disse Daniele Aita ao reforçar a necessidade de um reajuste e marcando para o próximo dia 03 de abril um novo encontro, já seguido de reunião do Conselho do Iaspi para votação do reajuste.