A CUT-PIAUÍ conclama a toda a sociedade que venha para ás ruas, onde fortaleceremos a defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, a Democracia, Romper o Silêncio, Contra a Violência a Mulher, MATOPIPA, MINERAÇÃO, PROJETO LAGOAS DO NORTE, Trabalho Escravo, dentre outros que ocorrer. NOSSO GRITO NO PIAUÍ!!!!! Em 2016, com o lema do 22º Grito dos/as Excluídos/as: “Este Sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata!”, nos chama a continuar a denunciar todas as injustiças, defender a mãe terra, e lutar por um País justo, solidário, sustentável e fraterno onde a globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença. Como afirmou o Papa Francisco, sejamos semeadores e protagonistas nos grandes processos de mudança em nosso país! Confiemos em nossa capacidade de organização e promoção de alternativas na busca de terra, teto e trabalho! Lutemos para transformar as estruturas de opressão, dominação, colonização e exploração, por viver com dignidade, por “bem viver”. CHEGA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER! * O Piauí - Ocupa 0 3º Lugar em violência contra a Mulher;* TERESINA - Em 2015 16 estupros, 1.156 ameaças, 838 casos de injúria, 461 lesões corporais e 368 casos de violência doméstica;* Em 2016 até Junho, já foram registrados 979 casos de estupros sendo: 03 estupros coletivos em menos de 02 meses;* Das Delegacias especializadas dos Direitos da Mulher quase nenhuma funciona conforme manda a Lei Maria da Penha;* MATOPIPA: 337 Municípios impactados;* Aumento da Violência no campo e Grilagem de terra;* Violação aos Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas (PEC 215 e Portaria 303 da PEC 237, e PL1610;* Mineração - Desrespeito aos ecossistemas e comunidades tradicionais com danos irreparáveis;* PROJETO LAGOAS DO NORTE: Desrespeito á história e a vida das famílias que residem na Boa Esperança; VIOLAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS: * DESEMPREGADOS/AS;* TRABALHO ESCRAVO;* DIREITOS; Continuemos a luta contra esse "SISTEMA INSUPORTÁVEL"!!! 5 de setembro No Piauí gritaremos no Dia 5 de Setembro na Praça João Luis, a partir das 7 horas da manhã. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. Objetivo Geral:Valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar pessoas para atuar nas lutas populares e denunciar as injustiças e os males causados por este modelo econômico neoliberal e excludente, que degrada e mata. Objetivos específicos: Defender a vida, em todas as suas dimensões, dando voz aos excluídos para garantir seus direitos e construir alternativas a este sistema capitalista e ao meio ambiente. Construir espaços e ações participativas a fim de fortalecer, organizar e mobilizar os/as excluí- dos/as a lutarem por uma nova sociedade, denunciando as injustiças cometidas pelo atual modelo econômico, como a concentração de renda e a criminalização dos movimentos e das lutas populares. Exigir do Estado a garantia de acesso aos direitos básicos como educação, saúde, transporte, segurança, alimentação saudável, água potável, energia, saneamento e moradia. Lutar contra a privatização dos bens naturais e dos serviços públicos. Continuar cobrando do Estado uma auditoria pública da dívida interna e externa, que a cada ano causa um rombo maior no orçamento geral da União. DESMENTIR A MÍDIA No Brasil, estamos vivendo um tenso cenário de golpismo político e de intolerância político-ideológica conservadora. Assim como em 1964, no Golpe Civil-Militar, a Mídia hoje segue em forte apoio ao golpe pisando em cima da Constituição Federal, e matando a nossa jovem Democracia. Ela age conforme os interesses de quem lhe financia, e manipula a bel prazer uma grande massa alienada. Quando possuía condições populares, o Governo federal não democratizou os meios de comunicação e não regulamentou a Mídia, rompendo com esses oligopólios. Alias, em 2007, até renovou a concessão para os mesmos grupos para mais 15 anos! Hoje, é penalizado pelas medidas que tomou ou, no caso, que também deixou de tomar. Enquanto os movimentos populares lutam por meios de comunicação mais democráticos, alternativos, sem contar com apoios e subsídios financeiros, a grande mídia está concentrada nas mãos de poucas famílias e têm altos investimentos de empresas e partidos políticos ligados às forças da direita. Na área das comunicações, também há luta de classe: é patrão versus classe trabalhadora, é burguesia versus proletariado. 3 – DIREITOS BÁSICOS Assistimos ao desfecho da redução e negação de direitos no Brasil e no mundo. Ainda que tenhamos instituições, constituições, declarações, em defesa dos direitos, das pessoas e da natureza, não há muita segurança diante do monstruoso sistema, que o Papa Francisco o chama de “insuportável”. E que, como assegura o Papa, “não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos... sequer o suporta a Terra”. O direito de ir e vir e ficar é retalhado por cercas mundo afora. Milhares de migrantes e refugiados denunciam isso. O direito à terra, à moradia, é metralhado e usurpado pela especulação imobiliária, a grilagem do agro e hidro negócio. O direito ao saneamento básico, que seria universalizado já, foi prorrogado para 2033. Os direitos dos trabalhadores, conquistados a duras penas, são saqueados na sociedade e no Congresso brasileiro. Muito embora os direitos básicos tenham sido uma conquista constitucional, a efetivação e a negação desses têm ficado à mercê do sistema burguês que ainda define o que comemos, o que vestimos, o que assistimos, etc. Continuemos a luta contra este “sistema insuportável”. Não basta conquistar direitos, é preciso vigiar constantemente para não os perder. Faz-se necessário, enquanto lutamos, construir e fortalecer novas experiências, que fortaleçam a garantia dos direitos básicos, sobretudo nos momentos de crise. 4 - AS VÁRIAS FORMAS DE VIOLÊNCIA Reconhecemos que as coisas não andam bem, quando explodem tantas guerras sem sentido e a violência fratricida se apodera de nossos bairros, disse o Papa Francisco. Pode assim dizer que essa violência inicia com a violação dos direitos básicos. Quando os direitos são ameaçados, violados, rompidos, é o primeiro ato de violência contra os sujeitos sociais. Violência essa que massacra os valores que orientam a vida em comunidade, a sociedade, sejam eles religiosos, políticos, ou simplesmente a ética da convivência humana. Portanto, a violência institucional, dominada pela força do capital, é uma das piores, a qual assistimos rigorosamente nos últimos tempos. A intolerância, a exploração e a injustiça que começam nos próprios espaços institucionalizados , se estendem e extrapolam para além das instituições e chegam nas relações familiares e comunitárias e, “exclui, degrada, mata”. A concentração de renda, algumas determinações judiciais, a segregação social, a sonegação de impostos, são grandes atos de violência. Porém, a mídia espetacularize apenas as violências de roubo, tráfico, etc. Destacamos a violência contra a mulher, humana e ambiental, pela qual todos os dias morrem seres humanos, espécies vegetais, minerais e animais. Quem se responsabiliza por isso? Quem foi responsabilizado pelo crime da barragem da Samarco em Mariana? Quem é responsabilizado por milhares de jovens (pobres, negros, da periferia) que são assassinados a cada ano? Sequer investigam a maioria desses casos. De igual forma, não se responsabilizam por milhares de famílias que perdem seus bens nas enchentes, inundações. Ousamos repetir que: Este sistema capitalista, que exclui, degrada e mata, não nos serve! 5 - FUNÇÃO DO ESTADO O Estado capitalista sofre de patologia grave. O desenvolvimento neste cenário nem sempre está caracterizado pela melhoria na qualidade de vida, a partir da ótica do empoderamento dos indivíduos, da reafirmação de culturas e da proteção de ecossistemas locais. A sempre supremacia do dado quantitativo sobre o dado qualitativo, assumido a qualquer custo, traz um dano grave à Casa Comum. As práticas de subsistência, consumo local e outras sustentadoras da vida, não são contabilizadas, a partir de uma lógica de desenvolvimento, que prefere compreender como crescimento os milhões investidos na reconstrução do desastre de Mariana/ MG, que impactará no PIB, por exemplo, do que nessas práticas sustentáveis de um outro modelo de produção de energia, alimentos e outros bens de necessidade. Neste sentido, o Estado tem papel fundamental de compreender que não somente as riquezas produzidas, mas também as riquezas limitadas da Terra sejam igualmente distribuídas e ou preservadas. Reduzir o consumo e a acumulação da pequena porcentagem da população, que detém a grande porcentagem da riqueza, é o passo fundamental para a libertação de milhões de pessoas que sofrem, vítimas da pobreza e suas consequências. 6 - PARTICIPAÇÃO POLÍTICA A figura do Papa Francisco nos é muito importante nesse processo de mobilização e de motivação. Utilizando-nos de mais um trecho da fala dele aos movimentos populares, na Bolívia, em julho de 2015, ressoamos que o futuro da humanidade não está nas mãos das grandes potências, dos políticos, das empresas... Está sim é na mão dos povos, nas suas capacidades de se organizar e em suas mãos humildes que regem com firmeza os processos reais de mudanças.A participação política popular é fundamental para que os processos de mudanças locais desencadeiem em mudanças globais, para desafios globais. Isso o Papa também nos motiva, agora na Laudato Si. E é fundamental unir nossos povos para buscar a justiça socioambiental, para a construção de um projeto popular de fato, autônomo dos interesses empresariais, partidários e das elites econômicas. 7 - A RUA É O LUGAR O Papa Francisco, na Encíclica Laudato Si (231), nos diz que: “O amor social é a chave para um desenvolvimento autêntico: ‘Para tornar a sociedade mais humana, mais digna da pessoa, é necessário revalorizar o amor a vida social - nos planos político, econômico, cultural – fazendo dele a norma constante e suprema do agir’”. Nos últimos tempos temos visto uma reocupação de um dos espaços mais nobres da vivência desse amor: a rua! Nela transitam todos e todas. Nela os enamorados passeiam de mãos dadas, nela os pássaros se alimentam para voar, nela a galera descobre caminhos. Nela também muitos morrem! Houve momentos na história em que sua construção já foi sinônimo de desenvolvimento. Em outros, seu vazio era a máxima da “ordem e progresso”. Na rua já enfrentamos a cruz, na rua já enfrentamos canhões, mas também na rua já conquistamos casa, na rua já conquistamos trabalho, na rua já conquistamos escola, universidade, saúde, etc. Também na rua gritaremos juntos e juntas, na vivência do amor coletivo, o nosso simples, possível, justo, necessário e urgente cuidado da Mãe-Terra, nossa Casa Comum. Dela não seremos excluídos! Que a rua seja para a Casa, assim como a Casa será para a rua. TODOS E TODAS NAS RUAS DIA 5 DE SETEMBRO! VENHA PARTICIPAR! SOMOS FORTES! SOMOS CUT!