60 Anos da Ditadura Militar: Vítimas foram lembradas durante Sessão Solene no Piauí
Para que não se esqueça! Para que nunca mais aconteça! Ditadura Nunca Mais!
Publicado: 01 Abril, 2024 - 21h53 | Última modificação: 01 Abril, 2024 - 23h31
Escrito por: Socorro Silva (CUT)
"Aos 60 anos do golpe militar ocorrido em 1964, é preciso que a Assembleia Legislativa, como poder constituído no estado, como parlamento, como casa e voz do povo, venha trazer a memória desse tempo sombrio que ocorreu no Brasil por mais de 20 anos. Tivemos mais de 400 pessoas mortas, ou desaparecidas, sete mil Brasileiros exilados, que tiveram de se mudar do país, e cerca de vinte mil pessoas torturadas de forma psicológica ou fisicamente por essa nefasta ditadura. E nós estamos assistindo a volta do autoritarismo, dos extremismos de direita, do conservadorismo, e a tentativa recente de um golpe, outro golpe militar no país em 8 de janeiro, após as eleições. Nada mais justo que esta casa traga na sessão solene alusiva aos 60 anos da ditadura militar, essa discussão, para que a gente rememore a história, que homenageia aqueles que foram perseguidos aqui no Piauí". Disse. Deputado Ziza Carvalho (MDB).
"A importância da Democracia, da força política das entidades que lutam para ter a Democracia desse País, respeitando a instituição militar como um órgão, uma entidade importante dentro do cenário Brasileiro, mas dentro dos seus limites constitucionais o poder civil tem que ser governado, exercido por civis. Essa é uma data que nós vamos relembrar para que nunca mais ocorra no país". Ziza Carvalho.
“Nós estamos discutindo o presente. Só existiu a tentativa de golpe em janeiro de 2023 porque houve impunidade aos golpistas de 64. São duas coisas que se relacionam. Eu tenho muito orgulho de fazer parte da reação que derrotou a ditadura, mas ela não foi suficientemente enterrada. Ainda hoje, nesse país, a tortura é utilizada nas delegacias de polícia como instrumento para arrancar confissões de presos. Existem centenas de corpos que nunca foram localizados”. Pedro Laurentino/Comitê Memória, Verdade e Justiça de Teresina/PI.